Em uma tempestade o relâmpago reluz no céu juntamente com o som do ribombar que ele produz. É muito mais que uma simples descarga elétrica concretizada em luz e em direção; o som também é muito mais do que um simples ruído que ecoa no éter.
Para a inteligência do plano em que o homem se encontra é difícil explicar em palavras, mas trata-se de um ordenar, um dar ordem ao caos do plano astral. É como um abrir espaço no aglomerado e desorganizado astral que é formado pelos sentimentos, palavras e ações assim como pensamentos e emoções.
A descarga elétrica do raio abre caminho na atmosfera e descarrega toda energia na terra onde quer que este raio caia. É tão forte como eletricidade, como é forte o caminho que ele traça para limpar e purificar. O ribombar tem um efeito muito maior de alcance porque se o raio cai em um lugar às vezes não visto, o som é ouvido a quilômetros de distância e o efeito é imenso. O raio limpa a atmosfera, o plano astral em sentido vertical e o som do relâmpago purifica no sentido horizontal formando uma cruz, o que de um modo abstrato e simbólico, é a cruz dos elementos que organiza e ordena antes que este espaço seja novamente preenchido com energias negativas.
Assim o homem, mesmo não vendo o raio, deverá abençoar o ribombar do trovão ao ser escutado, pois são as energias da grande Mãe Natureza pondo em ordem sua casa.
As Irmãs
texto extraído da Revista da FEEU outono/inverno 2009
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